sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Esse blog fala de que mesmo?

Hoje quando anunciei a uma amiga (que aqui será chamada de R$) que havia criado um blog, ela, como sempre, me fez uma pergunta-crítica, ou melhor crítica-pergunta, acompanhada de resposta. É! Ela critica, depois faz a pergunta e depois ela mesma responde. Foi mais ou menos assim:
R$ diz:
- Karina, sobre o que fala esse teu blog. Não, porque tu não tens personalidade e nem criatividade pra ser "bloguera"!
Eu (pensando, porque ela nunca me deixa falar):
-Ela me ama!
R$, continuou:
- É um blog com teus poemas? Não, porque se for, ninguém vai ver. As pessoas, hoje em dia, querem saber de coisas interessantes, engraçadas. Ninguém vai entrar num blog pra ler poemas de uma zé ninguém.
Eu (pensando):
- Ela me adimira!
R$ (quase um monólogo):
- Se eu fizesse um blog, com certeza iria "bombar". Olha Ka, tu és muito boazinha, bobinha pra ser crítica, não tens maldade, sabe? Eu sou o contrário, o meu olhar é instantaneamente crítico, eu olho, observo e na mesma hora já tenho uma opinião. Ninguém vai "curtir" o teu blog!
Eu (pensando):
-Ela sempre me dá muita força!
Depois de uma hora de monólogo, eu, enfim, consegui falar alguma coisa:
-Calma R$! Eu criei ontem, ainda não sei bem o que vou fazer com ele. A primeira idéia era realmente postar meus poemas, mas não sei não, queria fazer uma coisa diferente. Só que...EU NÃO TENHO A MÍNIMA IDEIA AINDA do que fazer.
Ps.: Que estranho escrever ideia sem acento!
R$:
- Pois é! Tens que fazer algo interessante.
e blá, blá, blá ...
Pense numa pessoa esdrúxula. Essa é a minha amiga R$ ( o cifrão não é à toa, um dia eu explico). Mas ela é uma boa pessoa, sabe?! Só que isso de "a primeira impressão é que fica" não funciona muito com ela não. É sempre ódio à primeira vista, mas com um tempo e uma boa dose de compreensão e paciência a gente aprende a lidar com ela. Ou pelo menos aturar.
O fato é que ela me fez pensar( na verdade ela é mestra em colocar mil pulgas atrás da orelha de qualquer um). Depois que sai da casa dela, fiquei pensando no que fazer com esse blog recém nascido. É meio complicado, não é?! Eu sou uma zero à esquerda nessas coisas, estou aqui de gaiata mesmo. Mas vamos lá, o mundo é de quem se atreve! hahaha Tomara que eu não quebre a cara! Mas... Isso é bem provável!
Por enquanto esse será um blog sem sentido. É, porque ainda não tenho a mínima noção do que fazer com ele e também não tenho o mínimo jeito pra lidar com essas coisas. Então vou postar o que "me der na telha". Como diz um amigo meu ( tão sem noção quanto esse blog): Vamos tentar a sorte!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Uma breve apresentação:

EU
Sou meu próprio horizonte.
O caminho que se perde em si
E se encontra.
Exagerada como Cazuza;
Melancólica como Renato;
Reflexiva como Chico;
Caleidoscópica como CLarice;
Confusa como Pessoa;
Nonsense como Lobão;
Louca como Rotterdam.
Tenho em mim multidões,
Mas o que mais me completa
É essa gigantesca essêcia
De ser eu mesma sempre.
Em todas as minhas faces
Sou Karina.
Sou um muito d tudo q me falta
E um pouco do que em mim se excede.
Entendeu?
Desista!
Até eu já desisti!
Sou assim.
Assim como?
Incoerente.
E isso não se entende
Nem se explica
Se sente!

Passos.

Hoje quando acordei vi carroças puxando bois e sorri,
Apenas olhei a mim.
O vento levou meus cabelos
E a verdade ficou.
Do que adianta a pressa,
Do que adianta passos rápidos
Dentro d’um elevador?
O mundo está vazio,
Porque tudo que nele havia
Agora está dentro de mim,
É a minha verdade,
O meu tempo de crescer e diminuir.
A carroça passa
Meus olhos acompanham-nas
Mas sei que são carros
Levando gente,
Guiando homens.
Por um momento tenho vontade de parar tudo,
Mandar em tudo,
Fazer com que todos os olhos do mundo
Vejam através dos meus.
Mas o que vejo
É que todos são cegos, assim como eu.
Eu penso,
Eu corro,
Mas meus desejos são tão rasos,
Úmidos apenas,
Lembrança de um rio que nunca passou.
É o tempo,
Eu sei que é!
É ele a resposta pra tudo.
Ninguém tem culpa.
Ninguém sabe pra onde vai.
Eu sou mais um desses desavisados,
Sedentos, desesperados e tolos
Que acreditam na ilusão de ter tudo nas mãos.
Mas tudo passa (o tempo leva)
E as verdades não são verdades pra sempre.
Hoje quando acordei vi tudo isso
Hoje quando acordei conheci a verdade
Hoje, quando chegar minha hora de dormir,
Vou esquecer de tudo que vi.
E esse lapso de pensamento
Estará sempre por concluir.
A minha única verdade
É, simplesmente,
Que devo viver
Antes mesmo de existir
Sem pressa de chegar
Sem pressa de partir.