segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dois Lados

Porque é assim, quando se corta a esperança ao meio. Conter o medo é tarefa difícil, o novo sempre assusta e aquela vontade do desconhecido, da aventura, está nas lembranças da adolescência e nos discursos ainda agora proferidos. Postar-me como mulher forte e decidida até que não é tarefa das mais difíceis, há os que acreditam. Duro é dar-se conta que minha encenação não convence a mim mesma. Mais duro ainda é perceber que o teatro representa a falha, o fracasso, mas é assim que se segue, não é? Não é esse o teatro da vida?!

Então estou aqui, mais uma vez, tendo que decidir entre um futuro incerto e um presente falido. É minha chance, eu sei, de – mesmo que seja tarde, fazer tudo acontecer. É minha chance de dar vida real a esta personagem que tão bem se encena. Ah a beleza da arte! Há quem diga que a arte é um simulacro da vida, mas a mim fica cada vez mais claro que é a vida que se faz em arte, simulando beleza e verdade: a vida é tão dura sem arte e a arte, tão auto-suficiente, é tão mais bela quando não se faz retrato de realidade. É tudo ilusão... e sem ilusão, nada existe, tudo desmorona. Parece estranho, não achas? Parece loucura! Mas a verdade e a realidade não passam mesmo de um delírio. E eu? Ah! Eu quero ser arte.

Então, estou perdida, mas, provavelmente, esta é a condição para eu poder me encontrar. Se eu for, parte de mim fica. Se partir há a chance de me tornar inteira, de deixar de ser incompleta, metade de algo ou alguém que nem sei se existe. Mas hipóteses são hipóteses e ainda não descobri um talento para aventuras, ainda. Mas quem sabe: surpreender-me faz parte da obra.
Ainda não tenho respostas, mas aprecio linhas tortas, coisas incertas, palavras incoerentes, a beleza do que é estranho, o incompleto. Ainda não tenho a resposta, mas sei que, como folha em dia de outono, ela virá a mim assim, inesperadamente, como um milagre, no mesmo instante em que me for dado o delírio de encontrar a pergunta.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Aqueles olhos.

Como se aqueles olhos me dissessem tudo e nada ao mesmo tempo. Ele olha como quem não vê e é tão vago, mas não mais que profundo. Talvez seja mistério, talvez seja o discurso de um silêncio q tenta gritar e por não conseguir salta aos olhos.

Não entendê-lo já me basta: me deixa longe querendo estar perto e quando perto me sinto longe de tudo que seja palpável, inevitável!

Não entendê-lo já é a resposta, é o que amo em não amá-lo. E é tanto que choro: é o medo e o fascínio que tenho por incompreender alguém mais do que a mim mesma.

terça-feira, 9 de março de 2010

Um tempo parada.

Por vezes tenho vontade de me entender um pouco mais, me olhar no espelho e descobrir, ao menos, um pouco de verdade- ou mentira. Mas não muito, só o suficiente para que eu deixe de me estranhar, de ter medo do que desconheço, mas sem deixar de ser mistério.
Me sinto um pouco como um dia-com-cara-de-chuva-que-não-chove. Nesses dias, os planos ficam à mercê da promessa: não se sai de casa porque vai chover ou se sai com um guarda-chuva para se proteger. E não chove. Um dia perdido ou um peso a mais para carregar na bolsa. É o medo sempre, medo de se molhar, de acontecer e de fazer acontecer. Como se a vontade se transformasse em vontade de não realizar vontades. Comodismo? Talvez.
Quanta vontade e medo de vida eu tenho. Quanta! É uma inanição faminta que me desagrada ao extremo.
Em determinada indeterminação, é assim que eu caminho. A vontade vem lenta aprendendo com tropeços a caminhar em passos quase desistidos. O rosto me vem aos pés, um espelho poeirento, um reflexo do que não é. A cara pisa o chão, suja. Os pés estão na calçada descalçados esperando a vida passar. Como posso ser tão sem ser nesse tempo de hoje passado há um, dois, três segundos? Como posso não poder? É calma demasiada ou preguiça de chagar onde sempre quis querer? A estrada não me vem aos pés, temendo o peso, talvez. Um caminho de elástico me estica e eu aqui como quem quer andar sem tirar os pés do chão, estática. É mais uma vez o desencontro, a sina de estar só: o rosto não mira o horizonte, os pés não pisam o distante, a vontade não se fazendo acontecer. É mais uma vez a falta de um não sei o que, a ausência daquele que não quis aparecer.

sábado, 9 de janeiro de 2010

In Certo

Não há mais nada a fazer!
Então, não me pergunte para onde ir
O caminho do amanhã nem o tempo sabe ao certo
E quando resolveres acreditar
No que ao menos te conforta
Saberás o que é realmente a dor
Só então entenderás as circunstâncias
Que envolvem o verdadeiro e único amor -
Aquele que se sabe sem saber,
Aquele que se sente sem sentir...
E o caminho do amanhã?
Pergunte ao ontem como foi!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

[voltando]

Ritual

Prove-me do avesso!
Em ventre pulsante e saboroso
Eis que me quero carne!
Na boca tua escorrer nua
Como vìscera entre dentes
Numa delícia crua
Dos sbreviventes.
Quero-me sangue!
Ser a vida no teu corpo quente
Predador satisfazendo a presa
Numa ceia de amor demente.
Quero-me tudo que possa oferecer-te
Para deliciar-me eternamente
Entre teus lábios
Matar minha fome de amar-te
Como tua amante,
Ser a eterna louca
Que te mata pela boca
Saciando-te loucamente.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Um pedido de desculpas.

Enganos levam a mais enganos. Mas e quando a vida toma rumos que não escolhemos, há realmente sempre um jeito? Minha mãe sempre me disse que tudo na vida tem jeito, só não há jeito para a morte e é a voz dela que ta me guiando nesse momento juntamente às palavras de um novo amigo, Anselmo, que com suas palavras me trouxe conforto, paz de espírito pra poder enxergar além do orgulho. Talvez não seja o meio e nem a forma certa pra se consertar esse engano, mas é o jeito que encontrei. Talvez isso não resolva, mas dentro de mim ao menos, eu consertei.

Nem sempre somos nós que cometemos os erros que mudam o rumo de nossas vidas, mas somos, muitas vezes, os únicos a obter o poder de consertá-los. O fato é que alguém cometeu um erro, um erro que me ofendeu e me magoou muito. Não vem ao caso se foi proposital ou não, se foi num momento de descontrole emocional ou não. Isso já não tem a mínima importância. Aqui as posições se invertem: quem não teve culpa pede desculpas.

Amizade nada mais é que doação. Sei que pra muitos pareço não ser a melhor amiga do mundo, mas sempre faço tudo que posso. As vezes sou dura, outras passível até demais, mas tudo que faço é honesto e sincero, é o que eu posso dar, o melhor de mim, mesmo que nem sempre seja o suficiente. Mas uma coisa é certa, faço sempre pelo bem dos amigos que amo. Quantas e quantas vezes já abri mão da minha própria felicidade pela felicidade de um amigo e não me arrependo nem cobro, faço pelo amor que lhes devoto. Amizade é doar-se sem cobranças, sem esperar nada em troca. E é justamente essa doação recíproca o alicerce de uma amizade verdadeira, e sem isso não há amizade.

E é por esse sentimento sincero que peço desculpas, nem sei ao certo porque, nem sei se esse o caminho certo pra consertar esse engano. Peço desculpas, não por ter culpa, mas por acreditar na existência de uma amizade verdadeira e por não querer que ela se acabe por uma bobagem, infantilidade até. Peço por querer preservar uma coisa que sempre foi valiosa pra mim, que eu acreditei sinceramente que fosse pra vida toda e mesmo que eu tenha me enganado pelo menos vou ter a certeza que eu fiz de tudo pra manter essa amizade sempre de pé. Admito que o simples fato de teres duvidado disso me magoou e muito, mas acredito em algo maior e por isso digo...

Desculpa se alguma vez minha amizade não pareceu sincera, se eu não fui a amiga que esperavas que eu fosse. Mas pode ter certeza que eu sempre dei o melhor de mim. Senti tua falta...

É muito difícil engolir o orgulho pra pedir desculpas, ainda mais quando se é julgada por uma inverdade, mas mesmo que isso não mude nada eu vou ter a certeza que eu, ao menos, fiz meu papel de amiga. E se esse não for um recomeço é porque nunca houve um início. A via não é nem nunca foi de mão única, pena não teres reconhecido isso.

PS.:Não preciso dizer pra quem esse pedido, acho que só a uma pessoa interessa e se essa pessoa ler vai saber que é pra ela.

Bom... é isso.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Depois dessa...

PASMEM!!! :O










Agora já não me sinto sozinha no mundo!rsrs


Acreditem ou não isso existe e é natural. Essa moça bonita se chama Norma Stitz, é ela que tem a sorte (ou desgraça) de ser a mulher com as maiores glândulas mamares do mundo. 170 centímetros de puro peitão, tá meu bem!

Norma Stitz diz que os homens costumam fixar-se em seus "atributos" e ficam sem palavras, só olhando para seus "bebês" .O difícil é saber se isso é melhor ou pior pra ela.

Depois dessa imagem JURO que vou parar de reclamar dos meus!




E ela não reclama não,e ainda completa:

"Quando as pessoas me perguntam por que não me faço uma redução, eu lhes digo: "estão loucos?". Amo minhas "lolas" que me permitem uma famosa vida. Tive ofertas de todas os canais de televisão, pagando para que eu os exiba".


Só há um problema: o homem que mergulhar nisso talvez não volte nunca mais!


Ai ai agora me sinto bem melhor!

:p

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