sábado, 14 de fevereiro de 2009

Último ano do curso de Letras.

É, eu deveria estar feliz, na verdade estou. Nunca fiz uma coisa tão certa na vida. Nunca me senti tão plena de certeza e verdade. A escolha perfeita. Ao menos eu posso dizer no fim dos meus dias: eu acertei uma vez e isso valeu minha vida.
Sob poesia e gramática, tive um amor, daqueles que são tão vicerais quanto irreais.Um amor que me fez chorar e crescer (escrever também). Que foi de vendaval à brisa num leve sopro.
Fiz amigos. E que amigos! Esses valeram à pena. Com eles aprendi a ser diferente (ser eu mesma), mas principalmente, aceitar as diferenças. Com eles bebi, comi, briguei, chorei, mas acima de tudo amei. Amei como a mim mesma, amei mais. Amei como parte de mim, como a parte de mim que nunca havia amado antes. Talvez por eles serem tudo que não fui e que agora sou.
Levei puxões de orelha e dei outros. Fiz chorar e fiz rir. Chorei e ri. E pra falar a verdade valeu mais o choro, porque foi com ele que ensinei e aprendi. Mas de certo o riso levarei pra vida toda. Tinha um intuito romântico de fazer Letras para fazer Literatura, mas percebi que a Literatura é maior do que qualquer desejo que eu possa ter. Mas também percebi que a poesia está em mim, a poesia sou eu. E a Literatura é o mundo. Tendo valor ou não, eu faço, eu faço parte, eu sou Literatura. Conheci pessoas-vírgulas, pessoas-exclamação, pessoas-interrogação, pessoas-prosa, outras poesia. Conheci gente. Conheci a mim. Eu me transformei, me usufrui, me consumi, mas acima de tudo, me valorizei. Me assumi.
Foram 3 anos (in)tensos, daqueles que passam como um dia, mas que valem por uma vida inteira. Tenho certeza que foram anos de aprendizado, não só do que é Língua ou Literatura, mas principalmente, do que é a vida, o amor, a amizade, a aceitação ao outro, a cumplicidade. Fiz e aconteci, mesmo tendo tantas vezes me polpado, me omitido, me acomodado.
E agora? Agora só me resta um ano, um ano curto, um ano simples, uma ano carente de presença. UM ANO. Um ano pra sentir meu coração desmaiar a cada fim de aula e reanimar-se a cada início. Um ano pra aceitar a Linguística (enfim) e se entregar um pouco menos a poesia. Um ano pra terminar e ao terminar, reiniciar, recomeçar, reiventar, REESCREVER. E tudo valeu tão à pena. Tudo foi tão, tão...Não. Não sei explicar. Não vou resumir. Não se resume algo inexplicável. Mas...eu vou pra sempre sentir, isso é certo. É mais que certo!
Mas que sofrer-de-saudade-antecipada! Meu coração parece esvaziar-se a cada dia que passa, parece que bate menos. Será realmente que se morre de saudade? Acho que não. Acho que se renasce de saudade. Se vive de novo. É a lembrança eterna, eterna saudade e eternidade é vida que nunca morre. Outros anos virão, outros amigos, outros mestres, outros aprendizes. Outra de mim virá. E renascerá do acumulado.
Espero deixar um pouco de mim no coração de vocês, assim como os levarei sempre comigo como parte de mim, parte inseparável. Cada dia desse último ano será como o último dia, e quando o último dia chegar vireverei como o primeiro. É simples, amigos: é eterno!
Aos "eus-amigos":
Nathália, minha delicadeza;
Rosangela, meu dicernimento;
Íris, minha força;
Elias, minha paciência;
Rômulo, meu riso;
Brenda, minha compreensão;
Gilberto, minha poesia;
À Carol, Jeosi, Anna, Tais e a todos os outros colegas de turma.
Aos que se fizeram presentes: Gizele, Anderson, Renato, Rita, Lane ;
A todos que foram, mas ficaram: Eliane, Ramon;
Aos mestres queridos :Paulo Nunes, Jossi Fares, Luci, Elaine, Nelly Cecília, Amarílis Tupiassú, João Carlos, Socorro Cardoso, Graça Salin, Mª do Céu, Wilton, e em especial ao mestre Sérgio Sapucay( in memoriam).
Como diria Fernando Sabino:
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
E vocês, meus amigos, estarão sempre comigo, pois esse será UM AMOR ETERNO!!!

3 comentários:

  1. "Irei até onde o ar termina, irei até onde a grande ventania se solta uivando, irei até onde o vácuo faz uma curva, irei onde meu fôlego me levar."

    Clarice Lispector in A Hora da Estrela

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  2. Espero sinceramente, profundamente, realmente, que vc naum sinta falta de mim, por nem um dia, nem um segundo, quando enfim estivermos distantes. Sabe pq? Pq um dia eu farei uma visita surpresa, em um dia em que tudo vai estar dando errado, quando vc menos esperar e vou fazer vc abrir um sorriso tão grande que teu rosto vai até doer! Ou talvez não! e nessa hora vc vai lembrar dessa promessa boba que eu te faço agora e depois vai se sentir mal por não ter pensado em mim por tanto tempo. E isso provará que vc nunca me esqueceu, assim como eu nunca esquecerei vc, por mais que eu tente... ;)

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  3. Ui uiuiuiuiu.....looooooooooool

    nunca havia um dia imaginado q o Elias, logo o Elias faria um comentário como esse! achei até romantico sabes?? esse negócio de inesquecível é bem complicado! e abrir então um sorriso de até doer o rosto?? looooool

    ai ai!!

    foi mesmo momentos de inspiração!


    íris mclean!

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Qual o sentido?