quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sentido: fazer e ser.

As coisas fazem sentido quando elas não fazem sentido nenhum. Hoje parei pra pensar nisso e pensar no que me faz pensar e fazer ou não isso. Fazer sentido pra mim é falta de criatividade, que graça tem? Acho que foi o Woody Allen que disse uma vez que “a coerência é o fantasma das mentes pequenas”, não que eu seja genial ou coisa parecida, na verdade passo bem longe disso, mas eu acho que nunca fui uma pessoa muito coerente e no meu caso isso me pareceu sempre falta de inteligência mesmo (malditos genes loiros!). É engraçado, quando eu escrevo minhas bobagens, escrevo sem pensar, são palavras aleatórias que vou juntando uma a uma, sem prestar atenção se elas fazem ou não sentido e no fim não é que acabam fazendo! É meio maluco e eu adoro que seja assim. É simples: eu só escrevo porque eu preciso, é só. Mas não era sobre mim que queria falar e sim sobre coisas que não fazem sentido, mas que, no fundo, fazem. Será que Freud explica? Veremos.

Pra começar vou usar uma frase de um amigo meu, o Elias. Ele por si só não faz sentido algum, mas a frase é mais interessante. Vamos a ela:

“ Lá vem a lua no céu, redonda como um tamanco. Se não gostas de mim, por que mataste o cachorro?”

Bom, Freud diria que ele tem um distúrbio psicológico gravíssimo. Professor Pasquale o reprovaria por incoerência textual. A Carla Perez diria que ele é um gênio. Eu, provavelmente, concordaria com a Carla Perez, porque querendo ou não isso faz sentido. Vai levar uma tamancada de uma mulher raivosa depois de ela ter pisado na merda pra ver se você não vai ver a lua! Não é uma forma poética de se dizer uma coisa dessas? O Elias é um poeta. Tenho muito orgulho dos meus amigos. *hum**hum**cof**cof*.

Além das frases de impacto, como a do meu “queridíssimo” amigo, há também muitas outras coisas que aparentemente não fazem sentido. Os sonhos, por exemplo, eles tem por característica intrínseca a falta de senso, uma não obediência às leis que nos regem quando estamos acordados. Os meus então, são uma confusão só e eu quase nunca os entendo, mas até a falta de coerência do sonho tem um significado. Freud explica! Pra ele o sonho é a realização de um desejo, mesmo que tal desejo seja um desejo recalcado, não assumido. Por exemplo, quem nunca, em sonho, teve uma noite de amor inesquecível com uma pessoa que na vida real seria impossível? Quem nunca “pegou” a namorada(o) de um amigo(a), no sonho? Quem nunca pecou em sonho que atire a primeira pedra! Eu não vou atirar essa pedra porque sou contra a violência. Há! Meu sonho! [risos]

Outro exemplo nonsense é torcer por um time (sem citar nomes) que está na terceira divisão e ainda correndo o risco de ser rebaixado pra uma quarta divisão, isso parece não fazer sentido. Mas vai dizer isso pra um torcedor fanático e iludido. Que fique bem claro que não tenho nada contra a paixão dos brasileiros pelo futebol, mas deve ser triste torcer pra um time que já está no fundo do poço e só não cai mais porque a CBF ainda não inventou uma quinta divisão, ainda! Enfim, o simples fato de torcer, a emoção, a adrenalina, geram todo o sentido do ato, pelo menos é o que eu acho, não que eu entenda de futebol, mas como não achei nenhuma explicação convincente, vai a minha mesmo e vocês vão ter que engolir!

Agora vamos analisar as questões sentimentalóides. Ah o amor! O amor é lindo vocês não acham? Eu não. Mas vou explicar o por que. O amor por si só é um contra-senso, é a Síndrome de Estocolmo disfarçada. Como é que nós, seres humanos, conseguimos devotar tanto amor a pessoas que nos fazem sofrer? Como conseguimos não amar a quem nos ama? E, principalmente, por que nunca estamos satisfeitos, mesmo quando nosso amor é correspondido? Não consigo entender o fato de que a maiorias das pessoas passam a vida buscando o amor verdadeiro, como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo, a perfeição em forma de sentimento. E não é. Se formos colocar numa balança os prós e os contras que o amor nos traz, veremos que nem sempre compensa, pois muitas vezes o amor traz mais sofrimentos que alegrias e isso não parece nada coerente: a busca incansável de uma coisa que, no fim, acaba não correspondendo nossas expectativas. Mas...MUITA CALMA NESSA HORA! O amor tem sua graça sim. Esse maniqueísmo paradoxal é a mais estonteante sensação que podemos sentir na vida. A não certeza de nada. O não fazer sentido nenhum e o querer sentir mais e mais. Sabem porque? Por que todo ser humano, bom ou mau, é movido pelo amor. Porque o amor é a imperfeição que se iguala mais perfeitamente com nossas imperfeições, ou seja, nós e o sentimento denominado amor, somos farinha do mesmo saco. Basta colocar um copo d’água e o chibé está pronto!

E por fim, qual é o sentido de uma pessoa que não faz sentido estar escrevendo um texto sobre fazer ou não sentido? Nenhum! E precisa? Tudo depende da forma que vemos as coisas e lidamos com as situações que a vida nos impõe. Basta sentir. E tudo será “sentido”.


Karina Lobo, em 01/04

4 comentários:

  1. Certamente! USB 2.0 alcança altas taxas de transferência, mas pipoca nem engorda tanto assim...

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  2. Vou fazer 1 blog novo e o nome dele chamar-se-á
    A Karina explica! = http://akarinaexplica.blogspot.com/
    porque ela explica tudinho tintin por tintin.... que nem a fuça escrota dela
    hauhauahuahauhauahuahauhauahuahuaauhuuhaua

    Entschuldigung, Kari-chan, eu simplesmente não podia perder essa!

    Realmente, Kleinwulf, o Elias é foda mesmo, mas eu e tu também não ficamos atrás. Oras, nós dois somos tão incoerentes e tão sentido (segundo os teus conceitos descritos nesta postagem!) que temos até blogs!!!!!

    “a coerência é o fantasma das mentes pequenas”, disse Woody Allen. Pois é, né? FALAI SOMENTE POR VÓS!
    Pelo menos pra mim, eu não procuro fazer sentido quando escrevo (não totalmente, diga-se logo), mas o que realmente me interessa é a pedra já lapidada, i.e.: o resultado final!
    “É meio maluco e eu adoro que seja assim. É simples: eu só escrevo porque eu preciso, é só.” Você faz parecer muito fácil. Há, há, há. Eu agradeço a Deus e a Gaia pela existência da Literatura, senão estaria eu comendo grama pela raiz desde antes do final da década passada!

    “Freud diria que ele tem um distúrbio psicológico gravíssimo.”
    Pois é. Olha o roto falando do rasgado.

    Guria, ‘cê é tão doente quanto eu na hora de procurar citações e personagens pra serem citados. Carla Perez? Eu (propositalmente) não lembro de nada que essa capa-da-Playboy tenha dito por justamente não acabar de fundir meu cérebro!


    Minha caríssima e estimada amiga, me responda-me pra mim uma simples pergunta:
    DESDE QUANDO OS SONHOS TÊM QUE FAZER SENTIDO E SEREM COERENTES?!?
    Sonhos são sonhos!!!! Sonhos têm que fazer sentido e serem coerentes? Maldita psicanálise do caralho! “Os meus então, são uma confusão só e eu quase nunca os entendo, mas até a falta de coerência do sonho tem um significado.”
    Quanto ao lance da pedra... como já diria o sábio filósofo cearense Falcão: “A mão que joga a pedra é a mesma que apedreja”

    Acho que foi o Nelson Rodrigues que disse que toda mulher que não entende o futebol não entende a cabeça dos homens. E tenho certeza que foi um professor de Geografia do Ensino Médio, from Anchieta, Herr Moacir Damasceno Júnior, que disse (eu lembro como se fosse ontem) “nenhuma mulher que não sente paixão não entende o que um homem sente pelo seu time do coração”. Como a Karina não entende....

    “Síndrome de Estocolmo”?!?
    Essa foi FODA!
    “Como é que nós, seres humanos, conseguimos devotar tanto amor a pessoas que nos fazem sofrer? Como conseguimos não amar a quem nos ama? E, principalmente, por que nunca estamos satisfeitos, mesmo quando nosso amor é correspondido?”
    Essa é a Karina que eu conheço! Emo até o talo!!!!! (desculpa, eu simplesmente não podia perder essa!). ‘Tá lendo muito Lya Luft e Lygia Fagundes Telles e Lysia Bernardes (essas três são escritoras de verdade!!!) e, ao mesmo tempo, Fernanda Young (subpseudopretensa escritora, do mesmo naipe do Paulo Coelho, dito “mago”) pro meu gosto, viu?!?




    Já chega, comento mais sobre esta postagem outra hora!
    Tenho que estudar alemão e terminar de arrumar meu quarto!










    A propósito
    01 . Freud explica! é o caralho. A partir de agora é a Karina explica!
    02 . primeiro você posta um texto em versos do Elias, depois faz uma postagem “destrinchando a psique” do cara. Isso muito me deixa deveras intrigado (he, he, he) [deveras redundante, não? há, há, há]







    att e bjundas na bunda que vc não tem (tal como este que vos fala),
    Rafael Quilômetros-a-Pé,
    Theurge Fostern (finalmente Fostern!!!!) Andarilho do Asfalto

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  3. Eitaporra!
    Se "Karina explica", "Malacafento comenta"!

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  4. deveras, Giovani, deveras!!!


    a propósito, Kleinwulf, blogs existem não para serem estáticos e sim constantes!!!!!!!!!!!!!!!

    competições são sadias e não injustas!

    tu e o Anselmo tão me decepcionando, seus porras!
    e olha que eu faço DUAS universidades!



    bis zum nächtzt!

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Qual o sentido?