domingo, 19 de abril de 2009

Um outro olhar.

As aparências enganam? Não. Nós que nos enganamos a nós mesmos: medíocres visionários! Tudo é como é, porque a visão da verdade está na nossa verdade, assim como a beleza está nos olhos de quem a vê e não no que se vê, porquanto nem tudo que é visível é a verdade e nem tudo que é oculto é inexistente, ou seja, parafraseando tio Shakspeare (muita audácia da minha parte), há mais coisas entre a aparência e a verdade do que sonha nossa vã hipocrisia. Se digo isso é porque a aparência nada mais é que uma questão de (pré)conceito. E quando falo de preconceito, não falo apenas no sentido pejorativo da palavra, mas principalmente do conceito que é estabelecido precipitadamente, sem qualquer fundamento, conceito que muitas vezes nos impede de ver as coisas e as pessoas exatamente do jeito que elas são.

Claro que se há de convir que a possibilidade de sermos enganados pelos nossos próprios olhos é gigantesca, é como se o mundo conspirasse para a nossa cegueira, não a cegueira no sentido literal, mas a cegueira perceptiva, sensitiva, pois até o olhar mais sensível pode se enganar diante das aparências e se isso acontece é porque há vários tipos de verdade, por exemplo: as dissimuladas, as que se fundem com mentiras ou invenções, as verdades que já foram mentiras e as verdades relativas. E é essa pluralidade que confunde nossos sentidos e enevoam nossa visão. Mas nada é impossível (com exceção da própria impossibilidade), basta querer ver além das aparências.

Mas, mas, mas...Eeee ei tia, como a gente faz isso?

Elementar meus caros:

TUDO É UMA QUESTÃO DE SENTIR.

(É, eu sei que já disse isso algumas vezes, mas vou bater nessa tecla sempre!)

Acabou aquela história de que a primeira impressão é a que fica, vamos pensar e sentir uma pouco mais! Chega daquela história de “meu santo não bateu com o dele(a)”! Chega de julgar pela aparência! Chega de conceitos pré estabelecidos! Chega!!!
Assim como eu cansei da superficialidade burra de julgar as pessoas pela aparência, cansei mais ainda de ser julgada. Por isso agora eu busco a simplicidade da verdade. Sim, porque a verdade é simples, mas eterna , enquanto que a aparência é complexa porque é, quase sempre, mascarada e por isso fugaz.

Ver além do que se pode ver e menos do que se pode sentir: essa é a única aparência que atribuo aos meus sentidos, minha verdade absoluta.

Vamos lá, não é tão difícil assim! Vamos atribuir um pouco mais de essência às pessoas e a tudo. Vamos sentir mais e julgar menos. Vamos ouvir mais e falar menos. Porque tudo é exatamente como é, o que define a sinceridade é a forma como vemos e sentimos, é a sinceridade do nosso olhar. A verdade é simplesmente uma questão de reciprocidade: um espelho.

Por isso, não se enganem com “suas” aparências!


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3 comentários:

  1. Oiii!
    Um amigo me indicou seu blog, e posso dizer que a-mei a indicação! O seu texto "um outro olhar" veio para uma decisão muito importante na minha vida. Já julguei muito pela aparência, e vi que não valia a pena.Já li duas vezes o texto,e me ajudou muito.Estas no meu favorito agora,bjs!!

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Qual o sentido?