domingo, 29 de março de 2009

Poema (en)contra língua.

Escrito em 28 de março.



L(M)íngua.

Cada ponto dessa linha me equivale, vírgula.
Cada vírgula nesse ponto me equivale, frase.
Cada espaço desse tempo
Cada modo desse verbo
Cada voz
Cada termo,
Essencial ou não,
Me equivale
Porque sou eu minha própria língua
Ainda que a palavra “regra” me cale.
Se conjugo, esconjuro:
Libera nos domine!
Só me solto
Não me importo
Contra o verbo
Solto o verbo
Só me falo da maneira que me quero
Minha língua é pra beijar
Suco desejoso da liberdade
Aquém-além mar
(M)eu português-identidade.

5 comentários:

  1. Quem precisa de língua-pátria?
    Quem precisa, de fato, falar?
    O que precisamos é nos comunicar,
    de forma clara e eloqüente, com trema, sem teima, sem deixar de fazer, de dizer, de pensar.
    Se é para ser dito, que seja declamado
    Se é para pensar, que seja meditado
    Se é para ensinar, prefiro um velho ditado
    Afinal para que serve a língua, senão para lubrificar a saída do que temos em mente,
    e para sorver os sabores da vida?
    Que se explodam os gramáticos, que os linguistas vão pelos ares.
    O que eu tenho para dizer, eu digo com as mãos, eu gesticulo com os olhos, eu choro com o pensamento, na língua que nasci, nas que aprendi quando cresci, ou não que morrerei.
    E tudo o que eu gostaria de saber agora é: Whadda fuck is happening with this damn world?
    Peace! ^^y

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  2. *que nasci, nas que aprendi quando cresci ou na qual morrerei.

    Esqueci de mudar essa linha. =/

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  3. sua poesia tá começando a ficar tão interessante e tão bem-construída quanto sua prosa....

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Qual o sentido?